Relação entre plano de conteudo e plano de expressão
A partir de propostas do Estruturalismo e da Linguística, pesquisadores desenvolveram um modelo semiótico para o estudo da significação. Uma importante contribuição desse modelo foi possibilitar a analise de textos não verbais.
Devemos atentar para o preceito de que um texto é formado pela junção de um plano de conteúdo e um plano de expressão, conceitos herdados da lingüística estrutural de Louis Hjelmslev (1899 – 1965). Para o autor, há na linguagem uma solidariedade entre conteúdo e expressão, de tal modo que uma separação artificial entre essas funções seriam impossível: “uma expressão não é expressão senão porque ela é expressão de um conteúdo, e um conteúdo não é conteúdo senão porque é conteúdo de uma expressão” (Hjelmslev, 1968, p. 66 – 7).
Em semiótica, a proposição de Hjelmslev é adotada como “Plano de conteúdo e Plano de expressão”. O plano de conteúdo é o significado do texto e o plano de expressão é a manifestação do conteúdo. Podemos notar que, grosso modo, o plano de conteúdo trata do aquilo que o texto diz enquanto que o plano de expressão se refere ao como e/ou através de que código (verbal, icônico, gestual) é expresso o conteúdo do texto.
Na figura abaixo, por exemplo, percebemos que o semáforo nos transmite a ideia de atenção. De acordo com a cor apresentada, podemos saber se é permitido seguir em frente (verde), se é para ter atenção (amarelo) ou se é proibido seguir em frente (vermelho) naquele instante. O semáforo é um exemplo de linguagem não-verbal. Um objeto capaz de interferir na vida do ser humano de forma extraordinária, onde o sentido das cores comanda o trânsito.