RELAÇÃO ENTRE PACIENTE E TERAPEUTA PASTOR
PACIENTE – TERAPEUTA PASTOR
“O real não está na saída nem na chegada, ele se dispõe para a gente é no meio da travessia.”
Guimarães Rosa
A cima mencionado seria uma reflexão a respeito de um tipo de relação circunscrita a duas pessoas, uma sala, duas poltronas e um diálogo. O discurso psicanalítico só é possível porque existe e é constituído a partir da figura do analista ou terapeuta, enfim, daquele que escuta. O que vai caracterizar a relação psicoterapeuta-paciente, em termos de vínculo, passa por diversas etapas. Mas o assunto abordado em questão é a fase inicial, na escolha do terapeuta, fase esta, que precisa haver requisitos para uma situação analítica satisfatória, de modo a formar uma dupla de trabalho, uma aliança terapêutica ou ainda uma empatia entre paciente e terapeuta.
A escolha do terapeuta se torna alvo de uma grande preocupação, pois, as vezes tem sido feita com base na afinidade de cunho religioso.
Nos últimos 20 anos tem se multiplicado assustadoramente o número de pastores que abandonaram as Escrituras Sagradas e o aconselhamento bíblico em detrimento ao estudo da psicologia e da psicanálise, ciências de extrema importância em nossa sociedade. Na verdade, boa evangélicos acreditam,
parte dos líderes
ainda que inconscientemente, que a Palavra de Deus
não é suficientemente capaz de
sarar o coração ferido, sendo assim
necessário a aplicação de técnicas terapêuticas, bem como o auxílio de doutrinas psicológicas. Todavia, isso não significa dizer que como conselheiro, ou pastor, não possa ser usado princípios da Psicanálise como ferramentas auxiliares no trabalho de aconselhamento, como por exemplo: leitura corporal, identificação de temperamento e suas implicações no comportamento do aconselhando, o conhecimento e reconhecimento de fatores psicológicos que podem ser determinantes naquela dada situação, etc. Certamente, por isso, muitos pastores procuram