Relação entre ciência e valores
Para iniciarmos a discussão proposta pela questão acima, devemos entender o que atualmente definimos como ciência. A acepção mais comum nos traz a ideia de que ciência é a busca racional e lógica por conhecimento através de metodologias baseadas em observação, experimentação e repetibilidade, ou seja, entender paradigmas através da captação de reações e interações entre o objeto de estudo e o ambiente a sua volta.
Porém, atualmente, sabemos que estamos em uma fase de transição em que buscamos criar um novo modelo de racionalidade. Quais critérios devem ser utilizados para excluir ou incluir um campo que não esteja relacionado com as ciências naturais da “classificação científica”? Necessitamos mesmo de um manual que define mecanicamente o que é fazer ciência? E o ato de fazer ciência é pura e unicamente racional como tanto ouvimos?
Desde os primórdios da raça humana, o homem possui uma curiosidade massiva por conhecer o ambiente que o cerca, por entender as relações “natureza e sociedade”, conhecer o jamais alcançado, e isso é inerente à sua existência. Não há como dissocia-lo dessa gana por entendimento, assim digamos “grosso modo”. Mas o que podemos notar aos poucos é que sua curiosidade sempre aponta para um determinado campo, há um interesse pessoal do cientista em entender determinado paradigma, seja qual for sua justificativa.
No vídeo são apresentadas em ordem cronológica, teorias sobre o universo, iniciando por Tycho Brahe e terminando em Hubble, e nós notamos o quanto o poder, a paixão a disputa e o acaso andam de mãos dadas no âmbito científico.
Não muito distante do século atual, a ciência era vista como um produto caro. De um lado, o conhecimento servia para ser ostentado, era costume dos nobres possuírem cientistas para se beneficiarem de suas conquistas intelectuais; De outro, estavam os cientistas ávidos por conhecimento, necessitando de investimentos em