Relação de escala
No âmbito da disciplina de Física dos Processos Biológicos foi-nos proposto a realização de um trabalho sobre relações de escala, com a escolha de diversos parâmetros para comparação.
Em primeiro lugar decidimos estudar a relação de escala existente entre o fémur dos saurópodes (um dos grandes grupos de dinossauros repteis já extintos) e o fémur das girafas , uma vez que estes detêm condições de existência semelhantes. Porém a realização deste tema tornou-se pouco credível, uma vez que teríamos de nos deslocar a Londres. No entanto, após mais alguma reflexão, decidimos estudar o inseto-pau espinhoso (Baculum extradentatum) para a realização do estudo da relação de escala existente entre o segundo segmento da pata (segmento de suporte) e o comprimento, assim como entre o diâmetro (segundo tagma) e o comprimento fazendo uma distinção entre machos e fêmeas.
Na aplicação à Biologia dos organismos, pode-se falar em dependências e/ou relações de causalidade entre o tamanho, a forma e a função dos organismos entre si, quando se fala em “relações de escala”. O escalonamento possibilita-nos aprofundar de forma mais rigorosa as diferenças morfológicas entre organismos, assim como a compreensão dos parâmetros fisiológicos, ecológicos, entre outros.
A forma é geralmente definida como sendo a relação entre comprimentos característicos. A relação de escala relativa à forma pode ser Isométrica ou Alométrica:
Em isometria, a forma do organismo mantém-se, isto é, os comprimentos comparados têm um crescimento proporcional;
Em alometria a forma do corpo em questão não se mantém, há um crescimento desproporcional de um dos comprimentos característicos considerados.
Considerámos desta forma, a equação a seguir exposta, que define a isometria entre os comprimentos característicos de um dado organismo (com α ≈ 1):
f = k g α sendo k uma constante, g e f grandezas em estudo e α parâmetro de escala
2. Registo e análise de dados
2.1. Caracterização