Relação da carta do achamento e filme Rio
Em nove de março, a frota de Pero Vaz de Caminha parte de Belém na esquadra de Pedro Álvares de Cabral. Cinco dias depois, encontram-se em Canárias e andam por volta de três léguas, e assim chegam à ilha de São Nicolau no domingo de 22 de março. Na manhã de terça-feira eles se desencontram da frota de Vasco de Ataíde e após uma procura sem sucesso, seguem pelo mar até que 21 de abril deparam-se com sinais de terra a 660 ou 670 léguas e nomeiam as plantas avistadas de Botelho. No dia seguinte, defrontaram com um monte alto e redondo e serras pequenas ao seu sul, e batizaram a terra de A Terra de Vera Cruz.
1. Caminha ao chegar às terras brasileiras, encanta-se com a diversidade da fauna e flora e suas cores. Descreve ao rei D. Manuel, como estas sendo um lugar paradisíaco de natureza exuberante com nativos gentis e inocentes, que não se importavam em mostrar o corpo, a esse comportamento era apresentada a justificativa pelos portugueses que por os indígenas não conhecerem a Palavra Divina, não sabiam que a nudez deveria ser repudiada. A mesma visão é evidenciada no filme Rio, aves de espécies variadas, o alvoroço e a alegria dos Brasileiros nas ruas, além da falta de pudor contestada por Linda, surpreendida pela cultura diferente do país de tratar com naturalidade a sensualidade.
3. Ao descrever os indígenas na Carta, Pero Vaz de Caminha enfatiza a gentileza dos nativos, que sempre ajudavam e compartilhavam alimentos e objetos. Além disso, mostra a candura dos índios ao trocar seus pertences por objetos de pouco valor, como no escambo de um arco por carapuças velhas ou uma folha de papel. Também ressalta a inocência dos nativos de acharem natural a nudez e atribuírem isso ao mito da bondade natural. Porém, no filme Rio a imagem transmitida dos brasileiros é negativa, isso é evidenciado ao papel de vilão