Relação Campo x Cidade
INTRODUÇÃO
Na relação cidade x campo, hoje, o urbano tem-se mostrado o elemento dominante no panorama brasileiro. A subordinação do campo à cidade é uma característica recente de nosso quadro sócio-econômico, transformado nos últimos anos, mais especificamente nos recentes 40 anos que sucederam a 2ª Guerra Mundial, com o advento da industrialização.O fenômeno da industrialização brasileira atrela-se, como uma extensão do que acontece no restante do mundo, ao processo de urbanização.
A MODERNIZAÇÃO DO CAMPO EM FACE DA INDUSTRIALIZAÇÃO
Traçado o quadro de mudanças em nossa recente história econômica, devemos lembrar que o campo não foi banido de nosso contexto econômico. A zona rural, agora subordinada aos interesses urbanos, orienta sua produção para a satisfação direta ou indireta da cidade, que investe no campo maciçamente, reproduzindo ainda mais essa situação de dependência.São atribuições do campo frente à configuração do Brasil urbano-industrial:
• Produção de itens para a exportação;
• Produção de matérias-primas para o setor industrial;
• Produção de alimentos para o grande contingente populacional das cidades.
a) A produção de gêneros para exportação gera capitais que revertem na ampliação dessa produção ao mesmo tempo em que gera divisas empregadas no suprimento das necessidades financeiras do capital urbano e industrial.
b) A produção de matérias-primas consumidas pelas indústrias, além de combustíveis, no caso brasileiro o etanol, reduz a dependência de nossa economia em relação ao combustível importado. A evasão de divisas em virtude da importação do petróleo onerava a nossa balança comercial, o que desviava recursos que seriam investidos na infra-estrutura de produção no campo e, principalmente, nas cidades.
c) A produção de alimentos é um segmento importante, mas as culturas alimentares pouco ou nenhum amparo têm do Estado, apesar de este ser beneficiado pela exportação de gêneros.
Mais ainda, o capital comercial