Relação Boas e Strauss sobre raça

Franz Boas e, posteriormente, Lévi-Strauss travam análises a respeito do que se entendia sobre raça e cultura. Ambos criticavam as teorias evolucionistas e racialistas sobre a cultura, de fato, era discuto por tais antropólogos a ideia de culturas, do sentido de ampla diversidade. Assim, nos dois trabalhos se discute sobre o relativismo antropológico e a importância de se eliminar ideias de superioridade entre raças e sociedades, independente do seu contexto temporal. De modo geral, os dois autores não só abordam questões em comum, mas seus pontos de vista singulares se completam.
As teorias evolucionistas, baseadas em Darwin e a evolução biológica, defendiam que a humanidade passava por estágios evolutivos retilíneos, começando da forma mais primitiva do homem até a mais evoluída, nos tempos atuais. Além disso, tais pressupostos também se complementam com o método comparativo, no qual as sociedades evoluem de maneira uniforme paralelamente, comparando as condições análogas em que grupos distintos poderiam ter. Tal teoria, além de equivocada, resultou em etnocentrismos e racismos. Com o fato de uma linha evolutiva, se tinha como sociedade ideal a cultura ocidental e, principalmente, a europeia, logo, as demais ainda estariam atrasadas nessa linha do tempo caminhando à tal sociedade superior.
Para Boas, a crítica começa com o fato de que o homem possui a mentalidade muito mais complexa do que para que seja possível uma uniformidade. Além disso, existem diversos meios para qual uma sociedade caminha, a formação de instituições, tradições, descobertas. Afirma que é necessário que se estude as culturas individualmente para que não haja generalização e mera dedução. Compartilha com Strauss que as diferenciações são inúmeras e que costumes, tradições estão em constante construção, principalmente pelo contato entre povos que transmitem informações, seja de maneira direta ou indireta, mas que as sociedades recebem constantemente influências externas e internas. Sendo