Relaçoes e implicações da historia da educação no atual modelo educacional brasileiro
De Salvador a obra jesuítica estendeu•se para o sul A concepção histórica da Educação brasileira, não é algo complexo de se compreender. Ela evolui em rupturas marcantes e fáceis de serem observadas. A primeira grande ruptura travou-se com a chegada mesmo dos portugueses ao território do Novo Mundo. Bello, 1998, afirma que:
Não podemos deixar de reconhecer que os portugueses trouxeram um padrão de educação próprio da Europa, o que não quer dizer que as populações que por aqui viviam já não possuíam características próprias de se fazer educação.
A escola pública, gratuita, laica e aberta a todos os brasileiros, foi a grande luta de Anísio dentro de nosso cenário educacional. Ele entendia que a democratização do país se daria mais rapidamente através da escolarização da população, principalmente a de baixa renda, uma vez que seria a oportunidade de desenvolver os talentos e habilidades desses indivíduos. Definiu que "o novo homem, independente e responsável, é o que a escola progressiva deve preparar" (MONARCHA, 2001, p.11).
Quando os jesuítas chegaram por aqui eles não trouxeram somente a moral, os costumes e a religiosidade européia; trouxeram também os métodos pedagógicos.
Este método funcionou absoluto durante 210 anos, de 1549 a 1759, quando uma nova ruptura marca a História da Educação no Brasil: a expulsão dos jesuítas por Marquês de Pombal. Companhia de Jesus foi fundada por Inácio de Loiola e um pequeno grupo de discípulos, na Capela de Montmartre, em Paris, em 1534, com objetivos catequéticos, em função da Reforma Protestante e a expansão do luteranismo na Europa (Bello, 1998).
Os primeiros jesuítas chegaram ao território brasileiro em março de 1549 juntamente com o primeiro governador, Tome de Souza. Comandados pelo Padre Manoel de Nóbrega, quinze dias após a chegada edificaram a primeira escola elementar brasileira, em Salvador, tendo como mestre o Irmão Vicente Rodrigues, contando apenas 21 anos. Irmão Vicente