Relaçoes sindicais e trabalhistas (atps)
A história do Sindicalismo Brasileiro teve inicio no período do grande influxo da imigração européia, ocorrido no século XIX. No Brasil, a própria novidade da existência de uma classe operária acarretava na total inexistência de leis que regulamentassem suas atividades profissionais. Os trabalhadores enfrentavam péssimas condições de trabalho e cumpriam extenuantes jornadas diárias, não havendo então nenhum respaldo legal destinado aos seus direitos. Os Sindicatos nasceram da união das classes trabalhadoras visando um maior poder de negociação entre empresários e trabalhadores. Através desta luta, muitas "conquistas sindicais" acabaram virando direito trabalhista. Entre os primeiros movimentos sindicais, a grande divergência entre socialistas e anarquistas se resumia na defesa da organização partidária pelos socialistas e a recusa completa destas organizações por parte dos anarquistas. Já no final do século XIX, surgiram as associações que deram origem aos sindicatos: as Ligas Operárias já apresentavam suas ações além do mero mutualismo ao organizar os primeiros movimentos que reivindicavam redução das jornadas diárias, aumento de salários e melhores condições de trabalho. As chamadas greves. No início do século XX, jornadas de trabalho de 14 ou 16 horas diárias ainda eram comuns. Assim como a exploração da força de trabalho de mulheres e crianças. Os salários pagos eram extremamente baixos, havendo reduções salariais como forma de punição e castigo. Todos eram explorados sem qualquer direito ou proteção legal. Os imigrantes, enganados com promessas nunca cumpridas, trouxeram experiências de luta muito mais avançadas do que as que haviam no Brasil, e foi a partir deles que se organizou o anarquismo, que foi a posição hegemônica no movimento operário brasileiro no período de nascimento e consolidação da indústria. Os movimentos da classe trabalhadora retomaram seu “vigor” após a "Revolução de 1930", quando houve o implante de um novo projeto