relaçao interpessoal
Objetivos: - Introduzir o tema a partir de um breve relato histórico. - Conceituar e caracterizar o atendimento humanizado. - Possibilitar uma reflexão da relação interpessoal enfermeiro e paciente/família a partir de alguns conceitos da psicologia.
Relato Histórico
Em suas origens, a Medicina era essencialmente humanística. Suas raízes se assentavam no solo da filosofia da natureza e seu sistema teórico partia de uma visão holística que entendia o homem como ser dotado de corpo e espírito. Nesse sentido, para médicos como Hipócrates (nascido em Cós, aproximadamente no ano 460 a.C.) “as doenças não eram consideradas isoladamente e como um problema especial, mas é no homem vítima da enfermidade, com toda a natureza que o rodeia”. As causas das doenças, portanto, deveriam ser buscadas não apenas no órgão ou mesmo no organismo enfermo, mas também e principalmente no que havia de essencialmente humano no homem: a alma; esse componente espiritual que distingue o homem dos outros organismos vivos do planeta.
Na Idade Média, apesar das grandes transformações causadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e do Islamismo, todo o pensamento filosófico e científico ocidental e oriental continuou, essencialmente, fundamentado no patrimônio clássico. Esta época corresponde ao aparecimento da Enfermagem como prática leiga, desenvolvida por religiosos e abrange o período medieval compreendido entre os séculos V e XIII. Foi um período que deixou como legado uma série de valores que, com o passar dos tempos, foram aos poucos legitimados e aceitos pela sociedade como características inerentes à Enfermagem. A abnegação, o espírito de serviço, a obediência e outros atributos que dão à Enfermagem, não uma conotação de prática profissional, mas de sacerdócio.
O período que vai do final do século XIII ao início do século XVI acontece o progresso social e intelectual da