Relatório
Incerteza numa Medida Experimental
Toda vez que um experimentador realiza uma medida, o resultado que ele obtém não é apenas um número. Esta medida possui unidades, e possui também o que chamamos de incerteza da medida, ou erro da medida. Uma medida experimental determina da melhor maneira possível um valor da grandeza física – cujo valor exato é sempre desconhecido. A expressão que é fornecida para o resultado da medida deve indicar este fato, e isto é feito através da determinação da incerteza experimental. A incerteza em uma medida representa, entre outras, a impossibilidade de construção de instrumentos absolutamente precisos – uma régua que leia bilionésimos de centésimos de milímetro, ou menores – e de existência de observadores absolutame nte exatos. Quando temos uma régua em nossa mão, o que podemos afirmar é que existe uma região, uma faixa de valores entre as quais o nosso resultado está. Um exemplo está mostrado na "régua" mostrada na Figura 1. A régua está dividida em unidades, e o objeto está mostrado. Imaginemos, inicialmente, que o nosso método de medida seja absolutamente correto. Isto significa que – neste caso – não nos enganamos na definição do que é o zero da medida, e que as unidades fornecidas pelo fabricante são precisas. Qual é, em unidades da régua, o comprimento deste objeto? Figura 1 régua OBJETO
Podemos afirmar “com certeza” que o valor medido está entre 4 e 5 unidades. Mais provavelmente, entre 4,5 e 5 unidades. Isto significa que não podemos escrever "o resultado vale 4,8 unidades" – isto absolutamente não estaria correto. Mas podemos dizer "o resultado está entre 4,0 e 5,0" e expressá- lo como "4,5 ± 0,5". Ou talvez algo como "4,8 ± 0,2", se tivermos muita confiança em nós mesmos e na régua apresentada. Assim, qualquer medida representa uma faixa de valores. Essa faixa é sempre expressa por um valor central e por uma largura; e um grau de confiabilidade de que a medida esteja