Relatório sobre o documentário "A Espinha Dorsal da Noite"
Quando jovem, o narrador vivia limitado a seu pequeno bairro, o Brooklyn. Porém, mesmo com essa limitação não o impedia de questionar o mundo no qual vivia. Sua primeira pergunta foi “O que eram as estrelas?”. Nesse momento seu universo se tornou muito maior. Para ele, tornou-se evidente a capacidade humana de formular questionamentos cada vez mais profundos e a busca por respostas. Portanto, é possível imaginar que mesmo os humanos primitivos eram tão curiosos quanto nós e capazes de formular suas próprias teorias. Isso fica claro com o exemplo dado: “Os boximanes Kung do deserto de Kalahari, em Botswana, têm uma explicação para a Via Láctea. Frequentemente, na sua latitude, está sobre suas cabeças. Chamam-na “Espinha Dorsal da Noite”. Acreditam que sustenta o céu e que se não fosse pela Via Láctea cairiam pedaços do céu aos nossos pés.”. A partir dessas explicações para os eventos cotidianos e naturais, é possível que tenham nascidos os deuses. O medo e a incerteza que tinham das ações dos deuses (guerras, secas, dilúvios, epidemias etc) fizeram os humanos antigos criar rituais e mitos que existiam apenas para agradar essas criaturas divinas, caprichosas e detentoras de poder ilimitado. Há 25 séculos, nas ilhas de Samos e outras colônias gregas começou a se pensar que tudo que tudo no mundo era cognoscível. Tudo antes era misterioso e incontrolável, como o caos. Agora, havia regularidade na natureza, algumas regras até ela precisava seguir. Esse foi o início do Cosmos. Os deuses não mais regiam o universo, o homem deixou de ser passivo e começou a buscar seu próprio conhecimento. Tudo isso foi possível, porque ao contrário dos grandes centros, fiéis a suas tradições, na Jônia havia inúmeras ilhas recém-colonizadas e cidades-estados com poder descentralizados e isolamento geográfico. Teve início a livre investigação. A concorrência de diversos deuses num mesmo território