Relatório sobre exame VDRL
INTRODUÇÃO
VDRL RPR
A sífilis é uma doença infecciosa humana produzida por uma espiroqueta o Treponema pallidum. Ela é primeiramente uma doença transmitida sexualmente. Outras possíveis vias de transmissão são a transfusão de sangue infectado, hoje praticamente eliminada através de triagem sorológica de rotina, e a perinatal (sífilis congênita) transmitida, pelos treponemas procedentes da mãe infectada para o feto em desenvolvimento. Clinicamente, após um período de incubação que varia de 10 a 90 dias, pois é inversamente relacionado com a quantidade do inoculado, ocorre, em 85%dos pacientes, o surgimento de um cancro, que é uma lesão solitária e indolor, caracterizando a sífilis primária. Aproximadamente 4 a 10 semanas após o aparecimento do cancro, surgem frequentemente sintomas como perda de peso, cefaléia, anorexia, mialgia, artralgia, mal-estar, febre baixa, linfa adenopatia generalizada e exantema (presente em 75 a 100% dos casos), o que caracteriza a sífilis secundária. Podem ocorrer também neste estágio manifestações de comprometimento do sistema nervoso central. Após as manifestações primárias ou secundárias, ocorre o período conhecido como sífilis latente, caracterizado por testes sorológicos positivos e ausência de achados clínicos. Pode ter duração de 1 a 2 anos. Sem tratamento, cerca de um terço dos pacientes apresenta sífilis terciária, que pode manifestar-se como goma (15%), sífilis cardiovascular (10%) ou neuro sífilis (8a10%).
Os testes sorológicos para sífilis são classificados como não treponêmicos, usados mais comumente para a triagem, como o VDRL e o RPR, e treponêmicos, usados como testes Treponemapallidum in útero Veneral Disease Research Laboratory Rapid Plasma Reagin confirmatórios para os soros reativos nos testes de triagem, como o TPHA e FTA-abs e ELISA. O VDRL é um teste de floculação, não-treponêmico, para diagnóstico da sífilis, através da pesquisa de anticorpos