Relatório - Planeta Favela

Professoras: Ana Cristina Satiro de Souza e Cristiane Gonçalves P. Rodrigues
Aluna: Leticia Borges dos Santos
RA: 5822250
Turma: 6A08

Relatório
Planeta Favela – Mike Davis

São Paulo – 2013
Planeta Favela – Mike Davis
Capitulo 5 – Haussmann nos trópicos
Resumo
A desigualdade urbana é um grande problema no mundo todo. Em Nairóbi, uma das cidades mais desiguais do mundo, mais da metade da população mora em apenas 18% da área da cidade. No verdejante subúrbio de Karen, há menos de 360 habitantes por quilômetros quadrados, enquanto que em Kibera tem mais de 80 mil pessoas numa área do mesmo tamanho. Em Mumbai, segundo alguns geográficos urbanos pode ser o extremo, pois enquanto os ricos têm 90% da terra e vivem com conforto e muitas áreas livres, os pobres moram espremidos em 10% da terra.
Esses padrões polarizados de uso da terra e de densidade populacional recapitulam lógicas mais antigas de controle imperial e dominação racial. Em todo o Terceiro Mundo, as elites pós-coloniais herdaram e reproduziram com ganância as marcas físicas das cidades coloniais segregadas, Apesar da retórica de libertação nacional e justiça social, adaptaram com agressividade o zoneamento racial do período colonial para defender os seus próprios privilégios de classe e a exclusividade espacial.
Enquanto isso, em Kinshasa, segue de modo inabalável o modelo colonial de controle urbano. O resultado foram padrões de segregação semelhantes à apartheid, áreas residenciais em contêineres e zonas tampão. Na Índia, as desigualdades que definiam Bombaim como cidade portuária colonial continua. “Há sempre investimento disponível para embelezar as áreas já beneficiadas da cidade. Mas não há dinheiro para fornecer sequer serviços básicos às áreas mais pobres”
A segregação urbana não é um status inalterável, mas sim uma guerra social incessante na qual o Estado intervém regulamente em nome do “progresso” do “embelezamento” a até da “ justiça social para os