Relatório pibic terreiro xambá

3718 palavras 15 páginas
RELIGIOSIDADE POPULAR E PODER NO NORDESTE ORIENTAL DO BRASIL – TERREIRO SANTA BÁRBARA: TRADIÇÃO E RESISTÊNCIA Jéssica Silvestre de Lira Oliveira Graduanda do curso de História pela Universidade Católica de Pernambuco.
E-mail:jessicasilvestre07@gmail.com
Zuleica Dantas Pereira Campos
Doutoura do curso de História pela Universidade Católica de Pernambuco.
E-mail:zuleica@unicap.br

RESUMO:
Esta pesquisa histórica pretende analisar o Terreiro Ilê Axé Oyá Meguê ou Santa Bárbara – Xambá, situado na Rua Severina Paraíso da Silva, 65 no Portão do Gelo em Olinda no bairro de São Benedito, com quase 80 anos de existência, a partir da sua construção religiosa. A história do terreiro durante muito tempo foi repassada pela tradição oral, a originalidade das suas vestimentas, cultos, foram passados para as gerações futuras. A Tradição Xambá, foi trazida para Pernambuco pelo Babalorixá Artur Rosendo, fugindo da repressão – Quebra- religiosa na cidade de Alagoas. Rosendo teria aprendido o culto em um mercado de Dakar, Senegal. Porém há controvérsias. Segundo Marileide Alves, 2007, alguns babalorixás alagoanos, afirmam que o culto Xambá já existia antes da iniciação de Rosendo e antecede o período da perseguição. Analisando o contexto histórico do Terreiro, após a chegada de Artur Rosendo no Recife, Maria das Dores da Silva, conhecida como Maria Oyá é iniciada, em 1927, inaugurando sua casa no bairro de Campo Grande, em 1930. Uma repressão policial do Estado Novo fecha a sua casa em 1938, fazendo com que a Mãe de Santo entrasse em depressão e morresse no ano seguinte. A casa Xambá passa aos cuidados de Severina Paraíso da Silva-Mãe Biu. Antes da morte de Severina Paraíso da Silva, o Terreiro de Santa Bárbara era conhecido como Xangô de Mãe Biu e até hoje o é. Este conceito de Nação ou Culto Xambá foi uma forma de reestruturação e reafricanização. Observa-se que, devido a essas configurações, no meio acadêmico, muitos autores como Prandi, 1991; Cacciatore, 1977;

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