Relatório Método RULA
O trabalho de limpeza é classificado por Louhevara (2000) como dinâmico e pesado, caracterizando-se assim, ainda hoje, por envolver uma grande demanda física. Logo, os profissionais de limpeza têm uma demanda laboral intensiva e ainda, além desta carga, utilizam para a realização de suas tarefas muitos utensílios manuais (balde, vassouras, panos, etc.). Além disso, pode-se identificar que o trabalho de limpeza exige movimentos repetitivos, força o que implica em posturas desfavoráveis. Portanto, os trabalhadores de limpeza apresentam um alto risco para desenvolver problemas de saúde, principalmente os relacionados ao sistema músculo-esquelético.
A limpeza é uma tarefa principalmente manual com muito pouca mecanização. Trata-se de trabalho combinando esforços musculares dinâmicos e estáticos e realizado com a utilização de vários equipamentos manuais (BLANGSTED, VINZENTS e SOGAARD, 2000)
Segundo Woods e Buckle (2000), na Europa, é grande o grupo de profissionais de limpeza, sendo que 95% desses são mulheres. Todavia, ainda é pequena a atenção dada na literatura de ergonomia a esses profissionais em relação às demais populações de trabalho. Em um estudo realizado no Hospital do Reino Unido, foi identificada a alta prevalência de desconforto e dor músculo-esquelético, sendo que no fator trabalho ficou evidenciado que a presença de ferramentas inadequadas, repetitividade de tarefas, postura e a falta de organização do trabalho estavam associados ao aumento dos problemas músculo-esqueléticos.
Os trabalhadores relatam queixas referentes à patologia nos membros superiores e costas atribuidas à limpeza de janela (postura) e manuseio de sacos de lixo.
Segundo Kuorinka e Forcier apud Malchaire (1998), os DORT (Disturbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) são quadros clínicos do sistema músculo-esquelético adquiridos pelo trabalhador ao ser submetido a determinadas condições de trabalho. Colocam também que as mulheres são mais suscetíveis dos que