Relatório mensalão
O primeiro dia foi marcado por uma ríspida discussão entre Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski. Motivo: a manobra de Márcio Thomaz Bastos, que voltou a pedir o desmembramento do processo. Lewandowski acolheu o pedido e usou quase duas horas para se explicar. A tese no fim foi descartada, mas a discussão adiou para o dia seguinte a exposição do procurador-geral da República. "Vossa Excelência é revisor há dois anos. Por que não trouxe essa questão nesses dois anos?" De Joaquim Barbosa, relator do processo, ao revisor Ricardo Lewandowski, que decidiu acolhera tese do desmembramento, já antes analisada - e descartada
No segundo dia do julgamento, o procurador-geral da República Roberto Gurgel relembrou as provas do mensalão e voltou a pedir a condenação de 36 réus. Ao final, denunciou a tentativa de intimidar e constranger o Ministério Público. "Temos uma quadrilha que é extremamente arrogante." "José Dirceu está rigorosamente em todas": De Roberto Gurgel, procurador-geral da República, ao sustentar a acusação contra os réus do processo do mensalão.
Em seu 3º dia, o julgamento entrou na fase da defesa, começando pela dos petista José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares, do núcleo político da quadrilha, conforme o MP, e dos sócios Marcos Valério e Ramon Hollerbach, do núcleo operacional. Em defesa orquestrada, os advogados insistiram: não houve mensalão, nem desvio de dinheiro público, apenas caixa 2. "Delúbio operou caixa dois de campanha, isso é ilícito, e ele não nega. Mas não corrompeu ninguém”: De Arnaldo Malheiros Filho, em defesa do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares
Advogados de quatro colaboradores de