relatório IED relação filmes No e O quarto poder

Relatório – Tema 3 – Grupo 6 – Turma 13
Livia Pazzianotto Torres, Luana Rissato Marini, Lucas Gama

O período que se estende do século XIX até os dias foi marcado pela ascensão do positivismo jurídico e sua influência na ciência do direito. Nos dias atuais, acompanhada da consolidação do capitalismo informacional, da complexidade da sociedade pós-moderna e da terceira revolução industrial, essa influência converteu a ciência do direito em pura tecnologia. Segundo os filósofos da escola de Frankfurt, o capitalismo em seu formato moderno foi responsável pelo advento da indústria cultural, onde nota-se a substituição da razão cognitiva pela técnico-operacional na produção cultural. Levando-se em conta as devidas diferenças e particularidades de cada caso, pode-se observar a ocorrência deste mesmo fenômeno com a ciência jurídica. Inclusive a palavra ciência já não descreve plenamente o fenômeno jurídico nos dias atuais, visto seu foco não ser mais a busca incessante pela verdade (substancial ao conceito de ciência) e sim o aperfeiçoamento de sua aplicabilidade. Em outras palavras, a dogmática jurídica se fez praticamente hegemônica, em oposição a zetética. Nesse sentido, é possível conceber e de certa forma limitar o direito a um instrumento prático que visa regular a vida em sociedade, quase que abstendo-se da tarefa de questionar e entender a sua realidade. Nessa conjuntura da ciência jurídica, o jurista assume a função de intérprete e sistematizador do direito, valendo-se de valores, princípios e dados históricos para persuadir e argumentar segundo os dogmas do ordenamento jurídico vigente. Seu trabalho tornou-se fazer recortes reducionistas da realidade de modo a manipula-la conforme a sua argumentação, utilizando-se de cálculos e relações de custo/benefício para gerar decidibilidade. Além disso a ação do jurista possui um cunho pedagógico, na medida em que institucionaliza uma tradição jurídica, responsável por padronizar a