relatório geologia
2.1. História da usina de salto pilão
Em 12 de fevereiro de 1863 quando a primeira expedição de exploradores chegou na região do Salto Pilão, o comandante Emil Odebrecht assim se expressou no relato do escritor Victor Lucas, no livro "Olhos Azuis": "mais uma vez, Emil olha para o grande salto dos pilões. Como engenheiro sabe o que representam as forças que ali se diluem e perdem. Contudo, daqui a um século, quem sabe, será uma fonte de energias que sustentarão as futuras indústrias, para o bem da humanidade".
Desde muito cedo, o acidente geográfico denominado Salto Pilão chamou a atenção dos engenheiros acostumados a garimpar locais potenciais para a construção de usinas hidrelétricas.
Os estudos mais cuidadosos e criteriosos ocorreram nos anos de 1990 e 1991, quando o grupo Japan International Cooperation Agency - JICA, inventariou a Bacia do Rio Itajaí-Açu e elaborou o "Estudo de Pré-Viabilidade dos Aproveitamentos de Energia Hidrelétrica de Salto Pilão, Dalbérgia e Benedito Novo", denominado de Plano Master.
Este estudo estimulou a Celesc, concessionária estadual de distribuição de eletricidade em Santa Catarina, a pretender construir a Usina de Salto Pilão.
Em novembro de 1992, a Celesc solicitou tal concessão ao extinto Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica-DNAEE, e licenciamento prévio junto à Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina-Fatma. Foram, então, desenvolvidos o EIA e o RIMA. Nessa época, faltava a conclusão do Estudo de Viabilidade Técnica da Usina.
O Governo brasileiro contratou, assim, a Nippon Koei Company, também do Japão, para avaliar o relatório final da JICA. Em março de 1994, a Nippon entregou o relatório concluindo pela viabilidade do aproveitamento de Salto Pilão.
O Estudo de Viabilidade foi analisado pela Fatma e várias modificações foram introduzidas no projeto para reduzir os impactos ambientais. Em 2001, a Celesc entregou à Fatma as últimas complementações ao Estudo de Viabilidade.