Relatório do Livro 1808
D. João não era para ser o príncipe de Portugal, na verdade, o mesmo teve um irmão mais velho, o filho de D. Maria I, o prometido para o trono tivesse morrido de varíola, as coisas em Portugal começaram a desandar, principalmente porque a rainha já não tinha condições para assumir o poder, era perseguida por demônios noites e mais noites que dizia ter visto a imagem do pai morto mesmo antes do filho morrer. D. João não foi criado para comandar Portugal, principalmente em tempos difíceis, que dependente da “colônia Brasil”, de onde vinha ouro, madeira, alimentos, se viu obrigado a fugir para o Brasil, esse pensamento não foi muito recente na época e nos tempos de desespero.
“Foi o único que me enganou”, estas foram às palavras de Napoleão antes de morrer no exilio, que nem mais nem menos se referia a D. João VI, é, sim, ele mesmo, ele enganou Napoleão. A surpresa da noticia de que iria partir de Portugal atingiu a todos. Muito antes isso tudo era temporário e embora já tivesse um acordo com a Inglaterra, esperou até faltar três dias para confirmar, esperavam que Napoleão mudasse os acordos, mudasse de ideia, e aos três dias soube que as tropas já estavam a caminho de Portugal, não pode evitar, mandou que imprimissem e espalhassem em toda parte papéis com os motivos da saída, e o que até então seria temporário, poderia se tornar fixo. Foram praticamente toda a corte e mais um pouco, tudo foi arrumado às pressas, livros (todos), pratarias, roupas, camareiras, provisões, familiares, tudo! Em meio ás pressas foram deixados diversos livros e pratarias onde mais tarde foram levados pelas tropas para derreter a prata.
Não se sabia ao certo o que aconteceria