Relatório do filme a classe operária vai ao paraíso
Com o fim da segunda guerra mundial, a Europa encontrava-se em um processo de reconstrução de sua estrutura devido aos estragos que haviam acontecido. Durante esse período, os EUA se tornaram o grande mercado do mundo, fornecendo diversos produtos essenciais e não essenciais para vários países, inclusive a devastada Europa.
O país norte-americano usava o sistema de produção fordista para conseguir suprir a demanda interna e externa. Esse sistema consistia em um processo racionalizado de diferentes tarefas feitas por funcionários específicos a fim de obter a produção máxima a um custo mínimo.
O sistema era muito eficiente, visto do lado do burguês, detentor dos meios de produção. Porém, o operário sofria com condições degradantes de trabalho. Entre elas, encontravam-se períodos extensos de movimentos repetitivos com o intuito de alcançar uma meta, aumentando com o decorrer do tempo, fazendo com que os trabalhadores fossem forçados a trabalhar sobre uma imensa pressão durante todo o tempo.
Após algum tempo, a Europa se recupera e renasce já com o modelo fordista intrínseco aos meios de produção. E, como não mais apenas os EUA eram os produtores mundiais, a competição entre as empresas se acentuou ainda mais.
É esse o contexto retratado pelo filme de Elio Petri, A Classe Operária Vai ao Paraíso. Petri explora o funcionamento de uma fábrica italiana que produzia peças para motores e a vida de um de seus operários, Ludovico Massa, considerado o operário-padrão, aquele quem dita às metas do funcionamento da fábrica através de suas habilidades de produção superiores dentro daquele ambiente.
Odiado pelos seus companheiros, “Lulu” Massa mostra-se extremamente submisso aos patrões, dando preferência à produtividade em detrimento de sua própria saúde. Ele possui uma produtividade maior do que a de seus colegas, então os patrões adotam-no como modelo a ser seguido dentro da fábrica, ocasionando revolta entre os demais.
Um fato muito interessante observado