Relatório de visita ao Caps
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Isabela de França Meira
Mayara Marques Bacelar
Mayara Mikaely Bonfim Barros dos Santos
Fiama Lima Cabral
Vitor Hugo Duarte Bezerra
RELATÓRIO DE VISITA – CAPS LIVREMENTE
Saúde Mental e Políticas Públicas
RECIFE, Novembro/2012
Antigamente, as pessoas que tinham problemas psiquiátricos eram descartadas socialmente, as doenças eram vistas como algo sobrenatural, interpretadas como “demônios”, “possessões”. Os doentes eram isolados do convívio social, sendo presos, muitas vezes, junto de bandidos e criminosos.
Esse cenário começou a mudar em 1792, quando Philippe Pinel começou a perceber a diferença entre a perturbação mental e a criminalidade, e tirou as correntes dos seus pacientes. Com isso, baniu tratamentos antigos tais como sangrias, vômitos, purgações e ventosas, preferindo terapias que incluíssem a aproximação e o contato amigável com o paciente, proporcionando-lhes, ainda, um programa de atividades ocupacionais, com tratamento digno e respeitoso.
Infelizmente, essas “más-interpretações” ocorrem até hoje. Na rede pública, muitas vezes os pacientes chegam com histórias de 'possuídos pelo diabo', 'encosto', 'bruxaria'. Este é um passo que as pessoas precisam dar, compreender que são coisas que acontecem, que não é uma vontade maligna de nenhum agente de outra espécie, mas sim que a pessoa precisa de ajuda, de apoio, precisa falar, se sentir assegurada, porque não está entendendo;
Por conta dessa ideia equivocada do que seria o transtorno mental, os manicômios funcionavam como “asilos,” onde os doentes eram abandonados pelas famílias, ficando internados, muitas vezes até o resto da vida, sendo totalmente excluídos da sociedade, sem possibilidade de reabilitação e reinclusão social. Além disso, os pacientes passavam por rigorosos tipos de tratamentos, porque o transtorno mental era entendido como uma doença dos nervos, por isso, as