Relatório de psicologia social
A mulher brasileira tem lutado ao longo de toda nossa história, para conseguir seu espaço, mesmo vivendo numa sociedade paternalista, preconceituosa e discriminatória. No período colonial, a mulher era tida como uma propriedade (assim como os escravos). Primeira propriedade do pai, que arranjava o casamento da filha, como se fosse uma transação comercial; e depois do marido, que esperava que a espôsa fosse uma boa dona-de–casa, boa parideira e mãe, sendo-lhe dispensável conhecimento e cultura, para que a mesma não contestasse a condição de submissão exigida por ele. Uma grande conquista feminista da história do Brasil na época foi o direito votar.
No tempo da Idade Média tida como o tempo das “trevas”, onde a religiosidade atuava ao falar da situação da mulher, havia um discurso linear em que muitos fatos, experiências e valores, experiências e fatores históricos do deixados para trás... No final desse tempo a mulher era colocada em muitas situações de superioridade em relação à população masculina. Era vista como um ser especialmente capaz de realizar certos encantamentos e receber favores das divindades. No cristianismo primitivo, há relatos sobre Jesus Cristo dizendo que Ele valorizava a participação feminina em importantes eventos e que seu lugar não poderia ser desconsiderado. Depois a suposta superioridade feminina era vista como uma falsidade que ia contra a ação divina. Com isso, antigo discurso o qual a igreja apenas detraiu a mulher, não correspondia às primeiras formulações que pensava o lugar do feminino. De fato, vemos que a suposta reclusão feminina não correspondia à existência de algumas mulheres intelectuais e independentes que circulavam durante a Idade Média.
Não é fácil explicar uma atuação fecunda das mulheres no meio da sociedade. Pois, o próprio trabalho das mulheres já é muito complexo e duro, para serem efetivados tendo como meta uma participação no processo de conscientização da humanidade, quanto às arbitrariedades que se