Relatório de pH

I. Introdução

Muitas técnicas empregadas para análise necessitam de um meio em equilíbrio, estado em que as reações direta e inversa possuem as mesmas velocidades. Nesse meio, o solvente comumente empregado é a água, devido a algumas de suas características, como o fato de ser facilmente purificada, não ser tóxica e possuir uma alta constante dielétrica. Já os solutos utilizados são, geralmente, eletrólitos – ou seja, são capazes de conduzir eletricidade quando em uma solução. Basicamente, são classificados em eletrólitos fortes ou fracos, quando são capazes de se ionizarem completamente ou parcialmente. Dentre os primeiros, destaca-se a maioria das substâncias inorgânicas (ácidos, bases e sais), enquanto que dos segundos são destacados os materiais orgânicos, como alguns carboidratos (glicose, manose), etanol e ureia. (SKOOG et al, 2005, p. 214; VOGEL, 1981, p. 16)
Há também de se ressaltar algumas outras classificações empregadas para as substâncias constituintes de uma solução. Segundo a teoria de Brønsted-Lowry (SKOOG et al, 2005, p. 215), um ácido é aquele que é capaz de doar prótons, enquanto que uma base é aceptora desses prótons. Já uma espécie anfiprótica é capaz de atuar como base ou ácido, dependendo do meio em que se encontra. Assim, quando um doa um próton, passa a ser um aceptor deste, formando então a sua base conjugada; da mesma forma, uma base que recebeu um próton forma o seu ácido conjugado: ácido1 + base2 ↔ ácidoconjugado2 + baseconjugada1
Ácidos e bases são considerados fortes quando, ao reagirem com o solvente, não restam moléculas do soluto não dissociadas/ionizadas no meio. Entretanto, essa força também depende do solvente empregado: um solvente nivelador permite analisar apenas como ácidos e bases se comportam no meio; já um solvente diferenciador é capaz de distinguir as suas forças no meio. (SKOOG et al, ano, p. 219)
Em uma situação de equilíbrio químico, o meio apresenta quantidades significativas tanto do ácido ou da base