Relatório de palestra - freud explica "o mal-estar na civilização"
Palestra: Freud explica “O mal-estar na civilização”
Palestrante: Noemi Moritz Kon
Local: Centro Universitário Maria Antônia
Data: 20/09/2012
Na palestra: Freud explica “O mal-estar na civilização”, administrada por Noemi Moritz Kon e realizada no dia 20 de setembro de 2012, foi discutido e explicado o texto “O mal-estar na civilização” (1930) de Sigmund Freud. Interessante destacar que neste, Freud coloca como tese o fato da cultura produzir um mal estar nos seres humanos, visto que existe um constante antagonismo entre as pulsões do indivíduo e as da civilização. Portanto, para o bem estar coletivo, o indivíduo é sacrificado e, de acordo com o autor, todo indivíduo apresenta tendências destrutivas, anti-sociais e anti-culturais.
Como introdução, foi resgatado o artigo “Totem e Tabu” onde é descrita a passagem da natureza à cultura a fim de fundamentar parte de sua tese.
Importante salientar a menção à religião, vista pelo autor como conservadora da sociedade humana, sendo que a natureza do homem, segundo Freud, exige este tipo de controle para que ele possa viver em sociedade, isto foi relacionado com o fato de que, para o autor, o sofrimento humano provém de três fatores: do corpo, do mundo externo e dos relacionamentos, e que este sofrimento pode ser evitado através de alguns métodos existentes na sociedade: o uso de drogas, a sublimação das pulsões, o trabalho, as fantasias, o remodelamento delirante da realidade, o amor e a enfermidade neurótica.
Foram bastante discutidos os três aspectos fundamentais que estão entrelaçados à noção de civilização: a angústia, agressividade e o sentimento de culpa. Foi, em seguida, descrita a “menção de morte” a qual existiria em todos os seres humanos e que, para o autor, seria um grande impedimento para a civilização. Freud, portanto, explica que quando a agressividade não é exteriorizada ela é introjetada, dirigida ao próprio ego, sendo que uma parte deste ego se volta contra ao resto do