Relatório de Observação
Os alunos geralmente acabam obrigados a decorar conceitos e nomes de vários processos e estruturas que, na prática, nem conhecem, coisas que não fazem sentido para eles. Repetem a teoria que lhes foi apresentada, sem uma reflexão ou um verdadeiro entendimento da mesma. Isso é muito comum no criticado “sistema tradicional de ensino”, em que “o professor transmite os conteúdos para alunos passivos que precisam apenas memorizar e reproduzir as informações em provas” (Rosa, 2004, p. 183). Caruso et al. (2002, p. 4) comentam que o aluno “deve ser estimulado a ir além da memorização e da repetição de tarefas, a buscar o prazer nas descobertas, nas formulações de hipóteses e nas práticas experimentais”.
A relação entre professor e aluno depende, principalmente, da dinâmica que o professor utiliza para conduzir a aula, orientado por uma postura em que evidencie a capacidade de ouvir, refletir e compreender os alunos, estabelecendo uma forte ligação entre o saber docente e o saber do aluno. Muitas vezes estas posturas são vistas como uma punição, situação que pode levar o aluno a se tornar passivo para não sofrer as consequências das medidas adotadas pelo professor.
As aulas são desenvolvidas com base nos livros didáticos onde o conhecimento é repassado como algo já pronto, onde a metodologia ainda é centrada no professor, com a maioria das aulas expositivas, com alguns experimentos geralmente demonstrativos, conduzindo mais à memorização que ao desenvolvimento do raciocínio lógico e formal, deixando de observar o aguçamento da curiosidade nem o despertar para o