Relatório de neurofisiologia
O reflexo patelar foi visto na primeira prática da aula, sendo ele um exemplo de reflexo miotático(estiramento).
Na aula, o tendão patelar foi estimulado mecanicamente com o uso de um martelo, simulando assim um estiramento do músculo quadríceps, que ocasionou na extensão da perna por meio da conseqüente contração do mesmo músculo.
O estímulo mecânico foi percebido pelo fuso muscular, um órgão receptor cuja função é detectar as variações do comprimento muscular. Com o estiramento do fuso houve a gênese de potenciais receptores despolarizantes, seguindo-se um aumento da freqüência de disparo de PAs das fibras aferentes (Ia e II). Essas seguem para a medula através de uma raiz dorsal, bifurcando-se logo após sua entrada na mesma. Um ramo ascende na coluna dorsal e outro penetra na substância cinzenta medular e se comunica com o motoneurônio α do músculo quadríceps.
Desse modo os PAs que chegam à sinapse com o motoneurônio α provocam neste PPSEs, resultando no disparo de PAs que se propagam através do axônio que deixa a medula através da raiz ventral correspondente, chegando finalmente ao músculo quadríceps por meio de sinapses neuromusculares, provocando sua contração.
Outro componente do reflexo miotático é a inibição recíproca, onde um ramo da fibra aferente estabelece sinapse com um interneurônio inibitório do antagonista ao movimento de extensão da perna, para que a própria extensão ocorra livremente.
Nós pudemos perceber que quanto maior a intensidade do estímulo, maior era a amplitude do reflexo, explicada pelo conseqüente aumento da amplitude do potencial receptor, com correspondente aumento da freqüência de PAs gerados. Vimos que com a tentativa de ampliar ou bloquear o reflexo por vontade própria, ele acontecia em duas fases. A primeira fase era a apresentação do reflexo em si, que não pode ser alterado de maneira voluntária, e a segunda fase era a apresentação do movimento de aumento ou bloqueio da