Relatório de campo da ilha de mosqueiro
O objetivo desta prática de campo foi reconhecer na realidade os fenômenos e elementos referentes ao clima estudados em sala de aula. Será de extrema importância para a nossa formação acadêmica como geógrafos e licenciados pleno em geografia, pois são experiências como essa que esclarecem muitas dúvidas através da observação em loco dos elementos da ciência climatológica, bem como pode nos trazer o aprendizado e aperfeiçoamento na utilização de aparelhos e equipamentos utilizados no monitoramento e coleta de dados relacionados ao clima.
Caracterização da área de estudo
A ilha do Mosqueiro é um distrito administrativo do município de Belém. É uma ilha fluvial localizada na costa oriental do rio Pará, no braço sul do rio Amazonas, em frente à baía do Guajará. Possui uma área de aproximadamente 212 km² e está localizada a 70 km de distância do centro da capital Belém. Possui 17 km de praias de água doce com movimento de maré. O nome "Mosqueiro" é originário da antiga prática do "moqueio" do peixe pelos indígenas tupinambás que habitavam a ilha.
No final do século XIX e início do séc. XX, entre os anos de 1880 e 1912, no apogeu do período da borracha, a ilha foi descoberta pelos estrangeiros que trabalhavam em grandes empresas de Belém. Ingleses, franceses, alemães, americanos, portugueses, libaneses e hebraicos estiveram na costa oeste da ilha e muitos construíram, inclusive no Chapéu Virado, vários casarões, cuja arquitetura é um misto de estilos europeus com a realidade climática local, em traços que vão desde o barroco ao neoclássico. Posteriormente, a elite da sociedade de Belém aderiu a esse movimento na busca do merecido repouso de fim-de-semana.
Para acessar a Ilha, o rio era então o único meio de acesso desta incipiente ocupação. A expansão vigorosa do processo ocorreria somente em 1968 com a inauguração da estrada, (PA-391) interligada por balsa. Foi um marco para a aceleração da especulação imobiliária, que se expandiu em direção às praias