Relatório de aula - Eurocentrismo
Universidade de São Paulo (USP)
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH)
Curso de História
Cultura Visual e o Ensino de História
Professora Marina de Mello e Souza
Relatório
A discussão sobre esse texto, da qual participei, foi feita no dia 08/04/2014. Irei expor os pontos que, a meu ver, foram centrais no trabalho feito em sala.
Inicialmente, a professora apresentou de maneira bem rápida os autores e deixou claro que o livro se trata de uma crítica de cinema e discute temas contemporâneos dos estudos culturais. O foco do texto (e do livro em geral) seria, então, a perspectiva eurocêntrica que estaria associada ao período colonial e à construção de ideias racistas, sendo um texto programático em termos epistemológicos – afinal, o eurocentrismo é um problema epistemológico .
Segundo os autores, a questão do eurocentrismo se trata de uma questão de poder, ou, mais precisamente, a base que sustenta o pensamento eurocêntrico seria a distribuição desigual do poder; segundo essa perspectiva, as pessoas teriam acesso desigual (quando não a restrição total) aos mecanismos geradores ou que proporcionam poder. O poder dos meios de comunicação é que controla o tipo de produção que será disseminada (fazendo com que muitas pessoas sequer fiquem sabendo da vasta produção cinematográfica indiana, por exemplo), colocando-se em cheque também a questão dos monopólios.
Acho importante explicitar aqui uma coisa que fica clara no texto e que a professora fez questão de abordar: os autores não querem desqualificar o eurocentrismo, mas sim entender o que ele significa historicamente para que se possam apontar suas implicações culturais. Para eles, o eurocentrismo está, hoje, mais presente na cultura popular (seja lá a que essa expressão se refira: provavelmente, na perspectiva do autor, sinônimo de cultura de massas, como observou uma aluna).
Após o debate sobre essas questões, creio eu que tenhamos nos voltado para um conceito