Relatório da 30ª Bienal de São Paulo – A iminência das poéticas – Seleção de obras
A partir da visita, pode-se perceber e identificar algumas características da exposição e de suas obras. O tema da 30ª Bienal que é “A iminência das poéticas” mostra principalmente o processo de criação e a busca por novas linguagens. As aproximadamente 270 obras mostram o “atual momento que se encontra a arte de forma menos preocupada com técnicas apuradas e reconhecidas. ‘Uma das interrogações era pensar esse momento do artista. Às vezes a linguagem não dá conta dessa inquietação, e começa a busca por outras maneiras. É uma aposta na linguagem, valorizando mais do que qualquer coisa a densidade da criação” diz o curador associado André Severo em entrevista ao site Uol.
“O recorte que será apresentado em Belo Horizonte é dedicado às constelações tipológicas, performáticas, reflexões sobre a natureza, o tempo e suportes apresentados em São Paulo. ‘Nosso desafio é manter um pouco dessa intenção constelar da Bienal sem grande amplitude de espaço. Por isso, organizamos pequenos grupos (trios, quartetos), distribuindo espacialmente obras que estão articuladas em função dos vínculos entre os artistas" - explica o curador Luis Pérez-Oramas também para entrevista ao site da Uol.
Pode ser feita uma ligação com a temática da Bienal e o livro “Arte é o que eu e você chamamos arte: 801 definições sobre arte e o sistema da arte” – Rio de Janeiro: Record, 1998. 4ªEd. 2002 - de Frederico Morais. O livro mostra que a “arte pura” não é o único tipo de arte existente, assim como quer mostrar a Bienal e o autor cita uma frase de Ferreira Gullar: “Não tem sentido o artista perder-se em experiências super-sutis, que poderiam maravilhar