Relatório crítico analítico do filme hotel ruanda
ALINE DE SOUZA MOREIRA
Balneário Camboriú, 25 de abril de 2013.
A região de Ruanda pertencia à África Oriental Alemã. Com a derrota dos alemães na Primeira Guerra Mundial, os belgas assumiram o controle dos territórios pertencentes a eles.
Durante o processo de colonização da Bélgica, os tutsis foram escolhidos para governar Ruanda. A separação da população de Ruanda é baseada em critérios raciais e físicos, os ruandeses mais altos, de narizes mais finos e pele mais clara seriam os tutsis e o resto da população, os hutus. Os tutsis representavam a menor parte da população, enquanto os hutus eram a grande maioria. Os hutus foram excluídos do processo socioeconômico do país.
Os hutus, revoltados pela opressão que sofreram, tomam o poder e declaram Ruanda como República, após o reconhecimento da independência do país pelos belgas, suas tropas se retiram da região. Os tutsis exilados tentam retornar a Ruanda, sem sucesso, são massacrados pelos hutus. Em 1973, em um golpe de estado, o coronel Habyarimana (hutu) assume a presidência. Durante 20 anos, não houve conflitos entre as duas etnias.
O filme “Hotel Ruanda” tem início quando os presidentes de Ruanda e Burundi (hutus) são mortos em um acidente aéreo, logo após a assinatura do acordo de paz entre hutus e tutsis. Esse acidente foi o ponto de partida para o genocídio que tomou conta do país.
Logo após a morte, os hutus declaram guerra aos tutsis e dão início à matança. O filme tem como cenário principal o Hotel Mille Collines, localizado em Kigali, capital da Ruanda. O principal intermediador do conflito e também gerente do hotel é Paul Rusesabagina.
Paul tem como principal objetivo, proteger sua família da Milícia Interhamwe (hutu). Logo no início dos conflitos, Paul compra favores para que possa proteger sua família e seus vizinhos, que se abrigaram em sua casa para se proteger do incêndio que os hutus iniciaram em suas casas.