No âmbito das ciências e, portanto, da geografia, já que esta é também uma ciência, qualquer afirmação deve ser submetida à prova. Neste caso, não basta conexão lógica entre os argumentos, pois nem tudo que é lógico é verdadeiro . Um argumento de cunho científico deve vir municiado de evidências que sustentem sua veracidade. Imbuído desse espírito, a partir de questionamentos pertinentes à climatologia, colocou-se a seguinte questão: é fato que o aquecimento (aumento da energia cinética) de um corpo material é acompanhado de sua dilatação. O aumento da energia cinética num dado volume de ar e sua conseqüente expansão produz um fluxo de ar ascendente, convergente em superfície e divergente em altitude, caracterizado pelos modelos de circulação ciclonal dos ventos e os modelos de brisas de vale/montanha e marítima/terrestre. As diferenças de escala entre esses padrões de ventos sugerem, quando se passa de um nível escalar para outro, uma modificação não só na dimensão do objeto, mas, sobretudo, das suas características e gênese. Considerando as questões apontadas e munido de dados de natureza empírica, a intenção deste trabalho foi verificar a relação entre os valores de pressão atmosférica e as variações de temperatura e umidade relativa do ar. A importância na elucidação desse aspecto da realidade reside numa melhor compreensão dos mecanismos de circulação do ar (ventos), uma vez que a dinâmica desse elemento atmosférico está diretamente ligada às variações de pressão do ar. Do ponto de vista conceitual a pressão atmosférica se traduz pelo peso do ar sobre a superfície terrestre (ou, evidentemente, sobre qualquer objeto imerso na atmosfera). O peso, neste caso, responde pelo produto da relação entre a massa da atmosfera e a força gravitacional do planeta (todo objeto provido de massa está sujeito à força gravitacional). Utilizam-se várias unidades de medida para expressá-la. Entre as mais usuais utilizam-se o mmHg (milímetros de mercúrio) e o mb (milibar).