Relatório Absorção atomica
A espectroscopia de absorção atômica em chama (EAA) é o método atômico mais empregado em razão de sua simplicidade, efetividade e custo relativamente baixo. A técnica foi introduzida em 1955 por Walsh na Austrália e por Alkemade e Milatz na Holanda. O primeiro espectrômetro de absorção atômica (AA) comercial foi introduzido em 1959. Os métodos de absorção atômica não eram utilizados até aquela data por problemas criados pelas larguras muito estreitas das linhas de absorção atômica.
As energias de transição para as estreitas linhas de absorção atômica são únicas para cada elemento, sendo, então, medidas altamente seletivas. Portanto, quando se usa uma fonte contínua, apenas uma pequena fração de radiação incidida é absorvida, mesmo com forte absortividade do elemento.
Nenhum monocromador comum é capaz de produzir uma banda de radiação tão estreita como a largura de uma linha de absorção atômica (0,002 a 0,005 nm). Como resultado, o uso de radiação isolada de uma fonte contínua por um monocromador inevitavelmente causa desvios instrumentais da lei de Beer. O problema criado pelas linhas de absorção estreitas foi contornado pelo uso de fontes de radiação que emitem exatamente os comprimentos de onda absorvidos pelo analito, as lâmpadas de catodo oco.
A fonte de radiação mais útil para EAA é a lâmpada de catodo oco. Esta consiste em um ânodo de tungstênio e de um cátodo cilíndrico selado em um tubo de vidro, contendo um gás inerte, como o argônio, a pressões de 1 a 5 torr. O cátodo é fabricado com o metal do analito ou serve de suporte para um recobrimento desse metal.
Figura 1: Diagrama de uma lâmpada de catodo oco
Aplicando-se cerca de 300 V através dos eletrodos produz-se a ionização do argônio e a geração de uma corrente quando os cátions e os elétrons migram para os eletrodos. Se o potencial é suficientemente alto, os cátions do argônio se chocam com o cátodo com energia suficiente para desalojar alguns átomos do metal e assim produzir