relatorio

Para os alunos participar do processo de ensino-aprendizagem em uma Escola de Ensino Profissionalizante (EEP) acaba por tornar-se uma experiência escolar mais abrangente, no que tange uma educação interdisciplinar de qualidade. Indubitavelmente, este padrão de escola implantado no Estado do Ceará tem obtido bons resultados em avaliações a nível nacional e internacional e estes resultados satisfatórios são reflexo desta modalidade de educação diferenciada que é aplicada nestas EEP’s.
Com efeito, para ilustrar esta realidade temos o exemplo do desempenho dos alunos na avaliação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Observamos que a média das Escolas de Ensino Profissionalizante, 480.8, proporcionaria ao Estado do Ceará uma posição entre os dez melhores Estados na classificação geral em 2011, ocupando a oitava colocação, além, de estar acima da média nacional (476.6). Em contrapartida, nesse mesmo ano, 2011, se considerarmos apenas as escolas de ensino não profissionalizante, a média cairia para 442.5, e deixaria o Estado na penúltima posição da classificação geral, à frente somente do Maranhão, segundo dados do IPECE.
Este panorama evidencia a desigualdade existente entre as Escolas de Ensino Profissionalizante e as que não se enquadram nesta modalidade diferenciada de ensino, a desigualdade não se manifesta apenas em dados qualitativos, que se expressam em forma de boas notas em exames nacionais, mas quantitativos também; em conversa com professores da escola que serviu como laboratório para a prática do estágio supervisionado e a consequente confecção deste relatório (EEP Ícaro de Sousa Moreira), estes nos relataram que a evasão escolar em EEP’s é consideravelmente menor e como uma das hipóteses para esta realidade, colocaram a estrutura do ambiente escolar como fator precípuo, a estrutura tanto física, como humana. Estes dois fatores supracitados, demandam verba e o investimento do Estado torna-se condição sine qua non, contudo, intrínseca a esta dinâmica