Relatorio
A cápsula foi criada e introduzida na prática farmacêutica em 1833, e sua patente concedida um ano após sua introdução, em 1834. As primeiras cápsulas foram preparadas de forma de rudimentar empregando para o processo de selagem, uma gota de gelatina aquecida. Em 1848, James Murdock desenvolveu a cápsula de gelatina dura constituída por duas peças que se encaixavam e tal dispositivo foi objeto de patente em 1865. Atualmente, essa forma farmacêutica apresenta elevada aceitação e constitui hoje, as formas de administração sólida oral de maior consumo e produção nas farmácias com manipulação. De acordo com Prista et al., (1991), ”as cápsulas gelatinosas são preparações constituídas por invólucros gelatinosos ocos, de forma esférica, ovóide, ovóide com uma ponta alongada ou cilíndrica, corados ou não, os quais contêm substâncias medicamentosas sólidas, pastosas ou líquidas”.
No processo de manipulação das cápsulas pode-se dividir nas seguintes fases: desen- volvimento e preparo da fórmula; seleção do tamanho da cápsula; enchimento da cápsula e limpeza e polimento das cápsulas cheias. O objetivo no desenvolvimento de cápsulas é preparar uma formulação que tenha dose precisa, disponibilidade adequada e facilidade de enchimento. Estudos preliminares de formulação como os estudos de pré-formulação são realizados com o intuito de determinar se fármacos e excipientes, podem ser misturados, ou se é necessário à redução do tamanho das partículas utilizando o processo de moagem. Este processo também é empregado para garantir uma distribuição uniforme do fármaco em toda a mistura do pó, sendo muitas vezes utilizada para garantir a uniformidade do tamanho de partículas, e que deve ser avaliada na fase de pré-formulação, sua influência na estabilidade dos fármacos. Nas farmácias com manipulação a técnica de moagem utilizada na mistura dos pós e na redução do tamanho de partícula, é empregada de forma generalizada e sem o conhecimento prévio das características