relatorio
Desde que Weber e Fechner, há mais de um século, antes dos outros tiveram a idéia de estruturar a Psicologia como ciência, seguiram tão diversos caminhos e estabeleceram concepções tão diferentes os que se dedicaram a cultivá-la, que muitos afirmaram ser vão o esforço dos psicólogos. Parece justificar tal ceticismo a perene crise que, segundo muitos, atormenta a psicologia e de qual não consegue sair. Também chegaram a afirmar não ser a psicologia uma ciência, ou que não autonomia, como o demonstraria o fato de que seus cultores não conseguiram pôr-se de acordo a respeito do seu objeto e do método a seguir. (Zunini, 1962)
A Psicologia, como outras ciências, procura compreender, predizer e controlar, e considera como seu objeto específico o comportamento do homem e dos animais inferiores. A Psicologia se interessa pelas maneiras através das quais o comportamento se desenvolve na evolução da espécie e no crescimento do individuo, pela aprendizagem e pela solução de problemas, pelos motivos que iniciam, sustentam e orientam o comportamento. (Hilgard & Atkinson, 1979)
Embora deva o início da psicologia remotar ao estudo da relação entre intensidade e estímulo, do anatômico Weber, e à determinação da lei psicofísica feita por Fechner, ainda se pode fazer coincidir a emancipação da Psicologia do julgo da filosofia – com a instituição, em Leipzig, em 1879, do primeiro laboratório de Psicologia experimental, por Guilherme Wundt. A grande ambição de Wundt foi estruturar a Psicologia à semelhança das sentenças naturais, como ciência exata. (Zunini, 1962)
A Psicologia científica nasce quando, de acordo com os padrões de ciência do século19, Wundt preconiza a Psicologia “sem alma”. O conhecimento dito como científico passa então a ser aquele produzido em laboratórios, com o uso de instrumentos de observação e medição. Se antes a Psicologia estava subordinada à Filosofia, a