ORIGENS E EVOLUÇÃO DO MERCOSUL O passo inicial na rota do MERCOSUL foi à aproximação entre o Brasil e a Argentina promovida pelos Presidentes Sarney e Alfonsín a partir de 1986. A oportunidade histórica e estratégica proporcionada pelo retorno de ambos os países à democracia foi, então, bem aproveitada não só para reforçar as tendências democráticas, mas também para dar fim completo a uma longa tradição de incompreensões bilaterais. O espírito que passou a predominar nas relações entre Brasília e Buenos Aires foi emblematizado pelos entendimentos na área de preservações nucleares. Os Presidentes Sarney e Alfonsín buscaram posicionar conjuntamente os dois países, diante das circunstâncias internacionais políticas, econômicas, comerciais e tecnológicas em transformação. Circunstâncias internacionais. Essas circunstâncias, algumas apenas visíveis em 1986, tornaram-se fatores preponderantes cinco anos mais tarde, quando - em 1991 - Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai concluíram o Tratado de Assunção, com vistas à constituição do Mercado Comum do Sul. Uma dessas circunstâncias é o fenômeno da globalização, que redesenha as estruturas produtivas e os padrões industriais e tecnológicos. O esforço de integração é simultâneo com tais transformações econômicas e tecnológicas em escala mundial. Os novos padrões de produtividade e competitividade provocam mudanças aceleradas na estrutura econômica, sem que os países tenham inteira consciência, ou domínio, dos complexos efeitos de tais alterações sobre a organização social. Perspectiva brasileira da regionalização. A regionalização passa a ser encarada no Brasil como um mecanismo cooperativo a moderar certos aspectos negativos da ordem internacional. Com rapidez, entendemos que a integração regional, ao estilo do Mercosul, significaria, no mínimo, uma escala necessária no caminho da globalização e, no máximo, a própria maneira de os Estados da região participarem em conjunto da definição de