Embora a sociedade tenha assistido, cada vez mais, a iniciativa de promoção da igualdade racial o fato é que ainda há muito a ser feito. Infelizmente, a estatística oficial do país aponta para números que demonstram que distância a ser percorrida para a diminuição dessa desigualdade é grande. Essa realidade é ainda mais acentuada na região Sudeste, onde os rendimentos recebidos pelos brancos correspondem ao dobro dos pagos aos negros. Os dados da pesquisa Retrospectiva da Pesquisa Mensal de Emprego 2003 a 2013 – um balanço realizado a partir dos dados das regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre – demonstram a existência de desequilíbrios entre negros (pretos e pardos, segundo a classificação do IBGE) e brancos no que se refere à força de trabalho ocupada no mercado. O estudo avaliou as transformações nas relações de trabalho através de indicadores como: desocupação; trabalho com carteira assinada; população ocupada; cor ou raça; diferenças entre as populações segundo o sexo e a faixa etária e população em idade ativa. A pesquisa trouxe os seguintes números que comprovam a persistência de tal disparidade: a distribuição da população desocupada, segundo o sexo e a cor ou raça mostrou uma predominância dos homens negros ou pardos (55,2%) em relação aos homens brancos (43,9%), assim como das mulheres pretas ou pardas (56,0%) em relação às mulheres brancas (43,3%)”, de acordo com o documento. Quanto à média anual do rendimento médio mensal dos trabalhadores de cor nega ou parda (R$ 1.374,79) continua sendo inferior à dos trabalhadores de cor branca (R$ 2.396,74). Ainda tendo como base o ano de 2013, verificou-se que os negros ganham 57,4% do salário recebido pelos brancos. O estudo mostra, porém, que em 2003 esta relação era de 48,4%. Ou seja, tomarmos os números iniciais da pesquisa, houve uma melhora os índices, que apontam um esforço no sentido de minimizar as diferenças, se considerarmos que, de 2003