Relatorio dispositivos de entrada e saida
RISC e CISC não são exactamente tecnologias, são antes estratégias de projecto de CPU’s – abordagens para atingir um certo número de objectivos definidos em relação a um certo conjunto de problemas. Cada uma delas foi uma abordagem ao projecto de máquinas que os projectistas sentiram ser a mais eficiente no uso dos recursos tecnológicos existentes na época. Na formulação e aplicação destas estratégias, os projectistas tomaram em consideração as limitações da tecnologia da altura – limitações essas que não são exactamente as mesmas de hoje. Assim sendo, uma comparação entre as arquitecturas RISC e CISC requer mais do que apenas uma listagem das características, benchmarks, etc. de cada uma – requer um contexto histórico.
Para entender o contexto histórico e tecnológico de onde evoluíram as arquitecturas RISC e CISC é necessário, em primeiro lugar, entender o estado das coisas em relação a VLSI, memória/armazenamento e compiladores nos anos 70 e inicio dos anos 80. Estas três tecnologias definiram o ambiente tecnológico no qual os projectistas e investigadores trabalharam para construir as máquinas mais rápidas.
Memoria e armazenamento
A título ilustrativo, em finais dos anos 70, 1 MB de memória RAM podia custar centenas de contos.Em meados dos anos 90, essa quantidade de memória custaria apenas poucos (1-2) milhares de escudos [1]. Adicionado ao preço da memória, o armazenamento secundário era caro e lento, por isso, colocar grandes volumes de código na memória desde o armazenamento secundário era, por si só, um grande impedimento ao desempenho. O bom código era o compacto já que era necessário colocá-lo todo num pequeno espaço de memória. Como a memória constituía uma parte significativa do preço total do sistema, uma redução no tamanho do código era traduzida directamente numa redução do custo total do sistema.
Compiladores
O trabalho de um compilador era relativamente simples nesta altura: traduzir código escrito numa linguagem de alto