relatorio de etica

Introdução à Filosofia
Ao falar de Filosofia, indissociável se faz a relação desta com a ideia de “pensamento”, se não como até mesmo uma definição de um ponto crucial desta.
O pensamento ocidental nasceu na Grécia e tem como sinônimo a palavra logos (razão). A razão é o viés para entendermos a filosofia e, também, o Direito. Mas essa não é uma razão qualquer. É uma razão argumentativa, o que faz com que o discurso filosófico seja racional argumentativo e não narrativo.
Pensamento que explicaria talvez o próprio surgimento da Filosofia, que caracteriza a passagem do mito ao logos. Mito aqui definido como uma narração histórica de cunho existencial, que se fazia extremamente presente nas sociedades antigas, contudo ali surge a chamada “desmitologizção” ou “Entmythologisierung”, onde o mito é substituído pelo logos, pela razão. A razão, objeto da Filosofia, deve ser por ela universalizada. Este é seu objetivo principal.
A razão filosófica é argumentativa, caracterizada pelo uso da oposição, do confronto de ideias. A mesma razão utilizada, por exemplo, pelo Direito. Esta é a melhor maneira de se organizar a realidade para que a mesma se torne compreensível.
A argumentação é o levantamento de hipóteses sobre fatos. Sendo assim, toda vez que argumentamos, devemos levar em conta a existência de contra-argumentos, ou seja, de duas posições diferentes. A razão argumentativa parte de contradições, isto significa que, quando dilemizamos sobre algo, estamos fazendo filosofia. Portanto essa razão não é “irênica” (pacífica), mas, sim, filosófica.
A Filosofia é composta por diversas tradições, tomadas como movimentos os quais se encontram em um momento de implementação, do grego “paradosis” . A própria Filosofia é uma grande tradição que vai sendo implementada pelos filósofos, os quais vão criando várias outras tradições dentro desta maior. Exemplo: a tradição aristotélica, ou platônica, dentre outras.
Esta grande tradição filosófica é retratada de duas maneiras