Relatorio de estagio
A definição de cultura evoluiu com o passar dos anos e as mudanças econômicas e sociais enfrentadas pelas nações. Da mesma forma, a incidência de uma ou outra política cultural na história da humanidade esteve sempre relacionada a diversos fatores, como a forma de governo e a ideologia defendida pela administração estatal. Ditaduras, governos democráticos, socialistas ou liberais entendem o investimento no setor de forma diferente. A necessidade de implantação de políticas públicas que tenham como objetivo o fortalecimento da cidadania e a inclusão social surge de uma dimensão que considera que todos os indivíduos, e não apenas os artistas, são sujeitos e produtores culturais, e, por isso, devem ser o foco de atividades e projetos da administração governamental. Sendo assim, qual a melhor forma de fomentar o desenvolvimento cultural da população? Qual deve ser a preocupação principal das políticas culturais – ampliar o acesso aos bens, serviços e equipamentos culturais ou incentivar a participação e a organização autogestiva das comunidades? As opiniões se dividem. Alguns políticos e estudiosos da área ainda preferem acreditar que o acesso igualitário de todos os indivíduos e grupos aos bens culturais é a melhor forma de corrigir as desigualdades socioculturais. Estamos falando do conceito de democratização cultural, que tem como objetivo a distribuição e a popularização da arte, do conhecimento científico e das formas de “alta cultura”.
Nesta tendência, cabe à gestão pública a missão de promover a superação de exclusões e desajustes e da distância entre os “culturalmente integrados” e os
“excluídos”. O Estado deve oferecer a todos o acesso à produção cultural. Para isso, estimula a criação, por parte dos artistas, da cultura erudita, que nesta concepção deve ser preservada e divulgada, porquanto está acima de qualquer outro tipo de expressão artística. Também ganha terreno a arte legitimada pela