Relativismo cultural
RELATIVISMO CULTURAL, MORAL E ÉTICO
JOINVILLE
2013
INTRODUÇÃO
Desde o século passado, principalmente com o fim da Segunda Guerra Mundial, os direitos humanos têm se erguido como tema global. A inserção da pessoa humana como sujeito de direito internacional trouxe novos paradigmas, flexibilizando a soberania estatal e concedendo à pessoa humana um papel central no sistema internacional. No momento que o sistema internacional deixa de ser apenas um diálogo entre Estados e uma série de documentos são elaborados com a finalidade de afirmar direitos referentes à pessoa humana com validade universal que a problemática sobre o alcance das normas de direitos humanos aflora. Como compatibilizar a proposta de universalidade dos direitos humanos com o pluralismo cultural? Seriam estas normas verdadeiramente universais ou apenas revelariam o esforço imperialista do ocidente de tentar universalizar suas próprias crenças? Num mundo tão plural, como estabelecer padrões universais? Tais questionamentos têm feito parte dos principais debates sobre os direitos humanos na atualidade.
1 RELATIVISMO CULTURAL
Relativismo Cultural é a visão de que os sistemas morais ou éticos, que variam de cultura para cultura, são todos igualmente válidos e que nenhum sistema é realmente "melhor" do que qualquer outro. Isto é baseado na ideia de que não existe um padrão definitivo do bem ou do mal, então cada decisão sobre certo e errado é um produto da sociedade. Portanto, qualquer opinião sobre a moralidade ou ética está subordinada à perspectiva cultural de cada pessoa. Em última análise, isso significa que nenhum sistema ético ou moral pode ser considerado o "melhor" ou "pior", e nenhuma posição moral ou ética em particular pode realmente ser considerada "certa" ou "errada". O relativismo cultural é uma posição muito difundida no mundo moderno. Palavras como "pluralismo", "tolerância" e "aceitação" assumiram novos significados