Relativismo Cultural e a Hierarquiza o Cultural
Quando falamos sobre um conceito para hierarquia, a primeira coisa que vem a nossa cabeça é sobre as relações de autoridade, que se estabelecem entre superiores e subordinados. Quanto maior as diferenças sociais, maiores serão os efeitos dessa subordinação no desenvolvimento geral de uma cultura. Toda cultura é por definição hierarquizante. Quando ela seleciona, defini, estabelece procedimentos, impõem regras, ela está hierarquizando. Quando se estabelece critérios de idade, quando se defini papéis sociais, quando se afirma o que pode e o que não pode, temos aí hierarquias.Podemos citar como exemplo de hierarquização cultural o modelo organizacional de algumas escolas, onde as relações cotidianas acontecem a partir das concepções que se tem dessa forma de hierarquia na qual a relação entre os sujeitos escolares está baseada no mando e obediência. E a maior autoridade da escola é conferida legalmente ao diretor.O relativismo cultural é a visão de que todas as crenças, costumes e ética são relativas ao indivíduo dentro do seu próprio contexto social. Em outras palavras, "certo" e "errado" dependem de cada cultura; o que é considerado moral em uma sociedade pode ser considerado imoral em outra, e, uma vez que não existe um padrão universal de moralidade, ninguém tem o direito de julgar os costumes de outra sociedade. Os relativistas culturais acreditam que todas as culturas são igualmente dignas e de igual valor. A diversidade de culturas, mesmo aquelas com crenças morais conflitantes, não deve ser considerada em termos de certo e errada ou boa e ruim. Podemos citar como exemplo de relativismo cultural a Clitoridectomia que é praticada em algumas sociedades na África, Oriente Médio e no sudeste da Ásia – sociedades predominantemente islâmicas, onde meninas de até quatorze anos passam por certos rituais que consistem na mutilação genital. Na nossa sociedade esse tipo de costume é considerado crime, mas, em algumas sociedades