RELAT RIO DE VIVêNCIA
Ao se falar de expressões da questão social no trabalho em nível de nordeste, são muitas as que vêm em mente, por ser uma região onde predominam os altos índices de trabalho infantil, dentre as tantas existentes, resolvemos abrir nosso olhar mais especificamente para esta, que além de assolar o ser com suas desigualdades, também fere alguns princípios do ECA o que fere a integralidade do ser social. Seja em qual for a região que se busque dados, da menos desenvolvida á mais, podemos perceber algum caso dessa expressão social no trabalho, e no Nordeste pudemos constatar com clareza, não precisando nem ir muito aos extremos da região, pudemos constatar na presente cidade, Teresina-Pi, essa constatação se deu inicialmente por pesquisas e posteriormente por uma visita ao lixão que se localiza na zona sul de Teresina.
Sabemos que mesmo com todas obtidas até aqui, por meio da luta de classes em busca da consolidação e garantia de seus direitos, ainda existem na sociedade contemporânea formas de trabalho precarizadas, onde podemos constatar desde formas “brandas” de violação do direito do trabalhador ás mais violentas formas de violação e exploração desses trabalhadores. Já conquistamos a consolidação das leis trabalhistas, seguridade, assistência e previdência, bem como a consolidação do sindicalismo, dentre outras, no entanto, ainda existem perversas formas de deturpação desses direitos.
Analisar essa realidade de vida presente no lixão, bem como dessas famílias que garantem sua subsistência nesse meio, nos fez pensar em vários fatores que levaram chegar á esse ponto, dentro os assuntos que vierem em mente, o principal foi o tão conhecido capitalismo, sistema esse que ao mesmo tempo em que permite a circulação de tecnologias que facilitam a interação social, também exclui, e exclui de forma violenta aqueles que não têm capacidade de enquadrar-se no sistema, sistema esse, que em seu mercado de trabalho é cada vez mais exigente e preza por uma