Relat Rio Aula Pratica N 2
Tema: Fronteiras, margens e limites.
Neste debate foram abordados três temas relevantes:
“1- A ordenação simbólica do mundo criado pelo homem: fronteiras do espaço e do tempo sociais”1
Os primeiros comentários foram sobre a importância de classificação, desde as categorias verbais (o nome que atribuímos as coisas) até os signos. Sendo que são os signos que dão conteúdo ao anunciado para entendermos a ideia pretendida. Por exemplo: “Os sinais Vermelho e Verde querem dizer Parar e Avançar, mas só se postos em contraste e inseridos no contexto apropriado, numa via pública.”)1 Se considerar-mos que “sempre que utilizamos os símbolos (verbais ou não verbais) para distinguir entre duas classes de objetos ou de ações, traçamos fronteiras artificiais num terreno que, «por natureza», é contínuo, automaticamente leva-nos a reflexão sobre a ideia de fronteira.
Classificar é impor uma ordem, que é artificial e determinada socialmente. Criando-se deste modo fronteiras. Estas fronteiras acabam por serem convenções e por uma certa parte uma ilusão, pois não são visíveis tornando-se assim também arbitrárias. Concluiu-se assim que não existia vida social se não houvesse classificações e se não usasse-mos palavras classificadas.
De seguida impões – se outra questão. Pois, o que acontece a linha divisória? Por exemplo a linha divisória entre dois terrenos torna-se ambígua, pois esta ocupa espaço e não é de ninguém.
“Os marcadores das linhas divisórias caracterizam-se pela ambiguidade implícita e por constituírem uma fonte de conflitos e de ansiedade.“1
Para além desta ambiguidade se aplicar ao espaço também se aplica ao tempo. Por exemplo, quando estamos noivos (comprometidos) estamos na transição de um tempo para outro tempo, pois nem se é solteiro nem se é casado. Tornando-se assim este um estatuto ambíguo, criando-se assim um período de uma nova construção de identidade.
“A permanência em cada um dos estatutos origina um período de tempo social,