Relacoes BrasilXChina

1264 palavras 6 páginas
Danielly Becard busca salientar em seu trabalho, os resultados alcançados e os desafios que ainda perduram das relações bilaterais entre o Brasil e a República Popular da China (RPC) nas últimas duas décadas, dividindo-a em três fases iniciais, que vão do ano de 1949 ao ano de 1993, e duas fases pósteras, perdurando até os dias atuais.
Na primeira fase, tida como embrionária, é levado em conta desde o momento da fundação da RPC até o reconhecimento diplomático entre o Brasil e a mesma, acordado em 1974. Essa fase é marcada por grandes objetivos de ambas as partes. A China buscava uma política de libertação nacional enquanto o Brasil estava preocupado em estender sua lista de parceiros comerciais para aumentar seu prestígio internacional. Esta fase inicial é marcada pela visita do vice-presidente João Goulart à RPC (1961), cujo contexto interno era de desentendimento com a URSS e os EUA (crítica ao contexto bipolar da Guerra Fria) e busca por maior aproximação dos países desenvolvidos da Europa Ocidental e em desenvolvimento da América Latina e África. Do outro lado, para o Brasil também era interessante essa aproximação, pois “desacordos ideológicos não deveriam impedir que o país mantivesse relações com todos os povos” (BECARD, p.32). O ano de 1964 é marcado pelo afastamento da Política Externa Independente (PEI) e ao alinhamento automático aos Estados Unidos devido ao golpe de Estado e implementação da ditadura militar, logo se fechando para as relações com a China, enquanto esta adota cada vez mais uma diplomacia estratégica, voltando no ano de 1971 a ocupar o assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A segunda fase, quando se fixam as bases da relação sino-brasileira, vai do ano de 1974 aos anos 90, e é caracterizada pelo pragmatismo responsável do governo Geisel (1974-1979), que buscava afirmar uma presença mais autônoma e aumentar a projeção do Brasil internacionalmente. Logo no primeiro ano de mandato ele restabelece as relações

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