relacionando Marcuse, Adorno e Martín-Baro
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A partir do texto base “Poder, ideologia y violência”de Ignacio Martín-Baró, mais precisamente o capítulo “Un plan psicosocial contra la eficácia de la violencia”, observamos uma certa similaridade de ideias com os textos “Educação após Auschiwitz” de Theodore Adorno e “Sociedade Unidimensional” de Herbert Marcuse.O texto de Baró inicia-se dizendo que a Psicologia analisa a violência em dois grandes blocos: aqueles que se referem às agressões individuais e aqueles que se referem às agressões institucionais. Isso se relaciona, respectivamente, com os textos de Adorno e Marcuse. São inúmeras as relações presentes entre esses três autores e, neste trabalho, destacaremos alguns aspectos que julgamos fundamentais.
Tanto Adorno quanto Baró defendem a conscientização da violência e da agressividade, que estão enraizadas em nossa sociedade, para que possamos tentar mudar essa situação através de programas educacionais aplicados em escolas, embora isso não seja fácil. Além disso, ambos citam o papel do esporte: Baró concorda com a ideia de que o esporte seja uma válvula de escape para as tendências agressivas, uma espécie de confronto simbólico no campo dos conflitos sociais; já Adorno afirma que o esporte é uma prática ambígua, podendo ter um efeito contrário à barbárie por intermédio do fair-play, ou promovendo a agressão e a brutalidade tanto dos jogadores como dos espectadores. O próprio autor, ao afirmar que a civilização é a responsável pela produção da barbárie, relaciona-se com a ideia de Baró de que todo o ato de violência vem acompanhado de uma justificativa focada no coletivo ou no Estado, como no caso de Auschiwitz, onde a lei inocentou os que realizavam os crimes, por dizerem que estavam a mando de uma autoridade.
Isso tudo também relaciona-se com a questão da força massificadora, abordada por Adorno e Marcuse, que impede a manifestação da singularidade e da autonomia. A pressão geral dominante sobre tudo o que é particular e singular, faz com que o