Relac a o Textos antropologia
O texto “Deus ajuda a quem cedo madruga?” trata da questão dos camelôs, muito presente ainda em nossa sociedade, e que serve como emprego e sustento para muitas famílias brasileiras mas que é uma forma de trabalho não regulamentada. Ele explicita a vida de muitos desses trabalhadores, que , muitas vezes, vendem seus utensílios nos vagões de metrô, e possuem uma clientela fixa, estando dentro dela até mesmo fiscais. São controlados por fiscais de instituições, como a SUPERVIA e o SINDATRAEM, em que são estabelecidos acordos entre o fiscais e ambulantes , no qual os ambulantes trabalham de forma discreta e os vigilantes fingem não ver. Ocorre uma simbiose entre os vigilantes e os ambulantes ao passo que aqueles agiam com consideração aos camelôs, e estes agiam com respeito em relação aos vigilantes. Porém podiam ocorrer “derrames”, no qual as mercadorias dos camelôs eram recolhidas pelos vigilantes, fosse por ordem de seus superiores ou pelo camelô não ter sido discreto. Junto desses acontecimentos ocorriam “esculachos”, humilhações sofridas pelos camelôs perante os fiscais, e como resposta os ambulantes registravam queixa contra tais fiscais.
Já o texto de Marcelo Beckhausen, “Questões da cidadania e o diálogo entre o jurídico e a antropologia”, trata da questão da cultura indígena no Brasil, a forma como as diversas situações que as envolve são lidadas e como a Constituição abrange tal questão. O reconhecimento da cultura indígena determinou a obrigatoriedade, estabelecida tanto para o Estado quanto para a sociedade, de encarar o índio como cidadão, respeitando sua diversidade. A diferença étnica deve ser respeitada, protegida e valorizada, mas nunca tutelada. Significa que o órgão indigenista federal deve assumir uma nova feição a partir do texto constitucional de 1988, que considera o índio capaz. Significa que