Rela O Da Teoria De Jung A Mitologia
São nos mitos que Jung encontra a “porta de entrada” para as questões da alma,
os arquétipos. Jung define arquétipo (ou imagens primordiais) como uma espécie de
imagem apriori, inata ao individuo, servindo de base para o desenvolvimento da psique.
Essas imagens são afixadas profundamente no inconsciente coletivo da humanidade
repercutindo em vários aspectos da vida do mesmo, como sonhos, pensamentos,
narrativas, histórias e mitos por sua vez. Dessa forma Jung afirma: ”Nos mitos e contos
de fada, como no sonho, a alma fala de si mesma e os arquétipos se revelam em sua
combinação natural como formação, transformação, eterna recriação do sentido eterno”
(Jung,2003,p.214). O arquétipo tem origem devido a uma constante repetição da mesma
experiência, dessa forma as gerações repetem e elaboram.
“Os mitos são originários da alma pré-consciente, pronunciamentos
involuntários acerca do acontecimento anímico inconsciente...”(Jung 2003 p.156).
Então, pode-se constatar que para Jung os mitos são os “frutos” e categorias do
inconsciente coletivo e dos arquétipos.
Jung define inconsciente coletivo como a camada mais profunda da psique, são
matérias herdadas, Herança psicológica universal. O inconsciente coletivo é universal,
pode-se se dizer que é o resíduo psíquico do desenvolvimento humanos acumulados em
decorrência de varias experiências repetidas ao passar dos tempos. É por meio do
inconsciente coletivo é que é instituído o inconsciente pessoal e o ego.
O inconsciente pessoal, segundo Jung, consiste em experiências que
anteriormente eram conscientes e que agora por qualquer outro motivo foram
Os arquétipos são respectivamente esses conteúdos do inconsciente coletivo,
tendências herdadas, que surgem na mente como imagens simbólicas e fazem com que
as pessoas se comportem de maneira similar aos seus ancestrais que passaram por
situações semelhantes. É a forma universal do pensamento,