REIS, Elisa P. Reflexões leigas para a formulação de uma agenda de pesquisa em políticas públicas.
De início, a autora expõe que “políticas públicas” é uma das especializações que responde mais diretamente ao imperativo da relevância na prática das ciências sociais, já que os especialistas podem ver claramente como suas análises interpelam situações concretas seja analisando sua formulação, implementação ou seus resultados. É esse aspecto de relevância que atrai a autora. Para ela, as reflexões teóricas são importantes e os especialistas não podem se furtar ao exercício da análise teórica e às discussões que confrontam suas perspectivas. E esse é o primeiro ponto para Reis que uma agenda de pesquisa em políticas públicas deve ter: sustentação teórica, por mais empírica que seja a pesquisa. Como “observadora externa”, Reis propõe para reflexão não uma listagem de temas para uma agenda de pesquisa, mas uma moldura geral para discussão. A autora acredita que suas observações devem ser vistas como considerações teóricas sobre a inserção de temáticas de pesquisa no quadro geral das questões políticas, econômicas e sociais que desafiam o mundo atualmente. E ela parte da constatação de que as relações de Estado, mercado e sociedade passaram por mudanças profundas recentemente. Quanto ao Estado, é preciso analisar como age ou poderia agir para assegurar a provisão de bens públicos que não são mais distribuídos pelo setor público. Quanto ao binômio autoridade/solidariedade, deveria pesquisar os novos padrões de funcionamento da política social e faz diversos questionamentos que poderiam ser pesquisados. Para finalizar, Reis informa que ela apenas faz sugestões como simples usuária de resultados da pesquisa produzidos pela área.
Palavras-chave: Teoria e pesquisa. Estado. Autoridade e solidariedade.
OLLAIK, Leila Giandoni; MEDEIROS, Jannan